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Porventura, creu nele alguém dentre as autoridades ou algum dos fariseus?
Quanto a essa plebe, que nada sabe da lei, é maldita... (João 7.48-49)

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

11 DE JANEIRO

Ontem houve uma caminhada histórica em Paris. Para mim, não ficou bem claro se foi a favor da liberdade de imprensa, contra o terrorismo ou em homenagem aos mortos no atentado ocorrido na redação do Charlie Hebdo e em seus desdobramentos. Certamente, a favor da liberdade de imprensa não foi, pois muitas autoridades que puxaram a marcha não a admitem em seus países. Contra o terrorismo, também não, pois ainda mais alguns o promovem nos países dos outros.
Prefiro crer que foi em homenagem aos doze mortos, afinal, eram pessoas de valor reconhecido, bem formadas, competentes e no exercício de suas funções, que realizavam com muita coragem.
Comovida, me dá vontade de convocar uma marcha em homenagem aos milhões que morrem nas nações aterrorizadas pelas potências europeias e seus aliados, estes, no entanto, privados da oportunidade de sequer escolher um lugar para ocupar com coragem e dignidade em seu mundo, e muito menos de se preparar para isso e vivenciá-lo. Mas seriam pouquíssimos os que talvez me levassem a sério.

Penso então nos cristãos bem sucedidos como homens públicos e como empresários, que alardeiam terem recebido de Deus essas posições de poder, mas, pelo que tenho sabido, eles devem estar muito ocupados combatendo a ainda mais perigosa conspiração gay. Salvo louváveis exceções, em lugar de estar dando uma de teólogos de araque, deveriam procurar se conscientizar e se preparar melhor para o exercício de suas obrigações para com Deus e os vulneráveis. Com a fé que os tem brindado com tanto sucesso, seriam imbatíveis.

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