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Porventura, creu nele alguém dentre as autoridades ou algum dos fariseus?
Quanto a essa plebe, que nada sabe da lei, é maldita... (João 7.48-49)

segunda-feira, 25 de março de 2019

Onde nos perdemos?



Assim termina o Elogio da Sabedoria, a que nos referimos na postagem anterior:
E ele disse aos seres humanos:
"Para ser sábio, é preciso temer o Senhor;
para ter compreensão, é necessário afastar-se do mal."
Nos 15 primeiros versículos de seu livro, Jó é descrito três vezes com quase as mesmas palavras; uma pelo narrador:
homem íntegro e reto, temente a Deus
e que se desviava do mal.
(1.1)
E duas pelo próprio Deus:
homem íntegro e reto, temente a Deus
e que se desvia do mal.
(1.8; 2.3)
Temer a Deus e desviar-se do mal, duas faces da mesma moeda, não existe uma sem a outra. Porém, não são poucos os que dizem temer a Deus, mas que parecem não estar minimamente dispostos a se afastar do mal. Problema simples para Jesus, que coincide com a orientação de Tiago:
Vocês os conhecerão pelo que eles fazem. (Mateus 7.16, 20)
Por outro lado, há também os que se confessam ateus, mas que esbanjam bom comportamento, simples, a sabedoria. Talvez algum deles possa nos explicar como conseguem, pois quem se desvia do mal acaba necessariamente esbarrando no Deus Eterno. Entretanto, por enquanto, nos consola o fato de que pessoas costumam temer coisas que nem sabem dizer o que é. Talvez o chamem de justiça, igualdade, serviço, solidariedade, amor, misericórdia ou outro sinônimo.
Parece que descobrimos onde nos perdemos.
Mas não acabou.

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