Translate

Porventura, creu nele alguém dentre as autoridades ou algum dos fariseus?
Quanto a essa plebe, que nada sabe da lei, é maldita... (João 7.48-49)

domingo, 15 de janeiro de 2017

CHORO AMARGO 2


- Levante-se, pegue a criança e a sua mãe
e volte para a terra de Israel,
pois as pessoas que queriam matar o menino já morreram.

- Mateus 2.20

Na última postagem fiz referência aos herodes de hoje que condenam à morte indiscriminadamente pessoas indefesas, na pretensão de abater o Cristo ressurreto e assegurar seus privilégios. A divulgação dessas matanças garante vultosos ganhos aos proprietários dos meios de comunicação: milhões de inocentes condenados à morte pela fome, pela carência de abrigo adequado, pela negação de socorro,... até ao frio assassinato.

Parece então natural que gente com boa intenção apresente-se para “defender” a “integridade” do Evangelho, através dos próprios meios de comunicação e mesmo dos púlpitos. Alguns fazem questão de demonstrar profunda preocupação com o abandono do que chamam de “valores cristãos”; outros expõem em estilo teatral toda sua raiva contra os que consideram desejar “destruir o evangelho”. Essas atitudes demonstram que esses pretensos defensores do cristianismo não têm a mínima ideia de quem seja o Deus a quem os verdadeiros cristãos servem e adoram.

A frustrada investida de Herodes contra seu Filho criança deixa muito bem claro que seu Pai sabe protegê-lo mais que qualquer humano de boa vontade e tem recursos de sobra para fazê-lo sem amargor ou violência. O que Ele espera é que aqueles que o servem e o adoram em espírito e em verdade invistam os recursos de que dispõem, não para defendê-lo, mas para socorrer os fracos e inocentes vitimados por essa diabólica pretensa guerra espiritual.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

CHORO AMARGO



"Ouviu-se um som em Ramá, o som de um choro amargo.
 Era Raquel chorando pelos seus filhos
...”
- Mateus 2.18

Herodes era tido como uma pessoa bem informada, principalmente a respeito de seu povo, os judeus, sua Lei e profecias. Sua fama chegara até o longínquo Oriente , donde procediam os sábios que vieram adorar o menino na manjedoura, os quais o procuraram para se inteirar do lugar preciso onde este haveria de nascer. E foi de fato com facilidade que reuniu os chefes dos sacerdotes e os mestres da Lei para descobrir a cidade e a região onde ocorreria o evento.

Entretanto, tanta informação não foi suficiente para que ele próprio alcançasse o menino. Não logrou conseguir o que obtiveram com tanta facilidade os pastores (de ovelhas!) e os próprios sábios a quem ajudara. E, Quando Herodes viu que os visitantes do Oriente o haviam enganado, nem se deu ao trabalho de procurar ele próprio, ficou com muita raiva e mandou matar, em Belém e nas suas vizinhanças, todos os meninos de menos de dois anos[2.16]. Este episódio também faz parte da história do Natal: nos presenteia com inúmeros motivos para comemorar, mas também nos impõe outros tantos para chorar, um choro amargo.

Muito mais porque essa trágica busca pelo menino empreendida por Herodes também se repete hoje com relação ao ressuscitado. Os que desejam e alimentam a ilusão de que podem derrotá-lo sabem muito bem que ele frequenta locais e pessoas consideradas menos nobres, mas nem se dão ao trabalho de identificá-lo, certamente porque não seriam mesmo capazes de reconhecê-lo, mas também porque morrem de medo de encará-lo cara a cara. O mais fácil é aniquilar à distância um bom número de inocentes que possam se parecer com ele: Quem sabe!?

Estão seguros de que não se encontra entre os poderosos deste mundo. Sabem que estes podem sempre ser dobrados com troca de favores, servilismo e coisas assim. Não foi assim que Herodes se comportou com relação aos romanos, que oprimiam o povo ao qual, como Rei, tinha por missão divina defender e socorrer em suas necessidades?

Há sempre aqueles que fazem questão de nos lembrar de que todos os dias temos muito que agradecer a Deus, pelo que recebemos, é claro. Mas também nos saltam aos olhos por si mesmo talvez muito mais motivos, que não costumamos dar muita importância, para chorar um choro amargo, sem consolo: os herodes de hoje condenando à morte indiscriminadamente inocentes, para assegurar seus privilégios.
Referências bíblicas:
Mateus 2.3,16-18.

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Não acreditem!


 Prestem atenção!
Eu estou lhes dizendo tudo isso, antes que aconteça
 - E, se disserem: "Vejam! Ele está no deserto", não vão lá.
 Ou ainda: "Vejam! Ele está escondido aqui", não acreditem.

- Mateus 24.25-26

Não existe nenhuma razão para crer que o ressuscitado ande hoje por locais muito diferentes daquele que escolheu para fazer sua primeira aparição sobre a face da Terra: uma manjedoura emprestada improvisada de berço, na periferia pobre de uma cidade estranha. Ali ele foi encontrado pelos sábios do Oriente, pelos pastores (de ovelhas – não confunda!), mas não alcançado por Herodes.
A sabedoria registrada na Bíblia em livros como Provérbios e Eclesiastes, entre outros, era compartilhada pelos sábios de todo o Oriente antigo. É possível que aqueles mencionados por Mateus tenham aprendido sobre a estrela de Jesus com os mais antigos, que mantinham intercâmbio permanente com os estudiosos de Israel. Este fato reforça a afirmação do apóstolo Paulo: o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. E também não existe razão para que hoje seja diferente e o Pai continue a indicar o caminho a toda pessoa que busque sinceramente o ressuscitado e seu Reino: viver corretamente, em paz e com a alegria que o Espírito Santo dá.
Para os pastores (de ovelhas!) foi bem mais fácil encontrar o menino: estavam passando a noite nos campos, tomando conta dos rebanhos... e a luz gloriosa do Senhor brilhou por cima deles, revelando que nasceu o Salvador de vocês e indicando o local preciso onde encontrá-lo. Reconheceram imediatamente a voz do Pastor do rebanho a que eles próprios pertenciam, cuja vinda aguardavam com ansiedade, e foram, depressa, ver aquilo que o Senhor nos contou.
A luz gloriosa do Senhor que brilhou por cima deles foi certamente a mesma que riscará o céu, do nascente ao poente, por ocasião da vinda do Filho do Homem, imediatamente reconhecível pelos íntimos, mas só por estes. Semelhante luz brilha também hoje nos espaços onde o ressuscitado continua realizando a vontade do Pai. Você que é ovelha de seu rebanho, que com ele convive diariamente, identificará sua presença de maneira límpida, e não precisa depender de pessoas para encontrá-lo, por mais tentadoras que sejam as credenciais que queiram lhe impor.

Referências bíblicas:
Mateus 2.1-12;  24.25-27; Lucas 2.8-16; Romanos 1.19; 14.17.