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Porventura, creu nele alguém dentre as autoridades ou algum dos fariseus?
Quanto a essa plebe, que nada sabe da lei, é maldita... (João 7.48-49)

terça-feira, 27 de setembro de 2016

desAGRADAR A QUEM?


Será que agora estou querendo agradar as pessoas?
Se estivesse, eu não seria servo de Cristo.

- Gálatas 1.10b

Estas palavras da segunda parte do versículo dez não servem para justificar nossas atitudes que muitas vezes desagradam outras pessoas. Afinal, o que agrada a Deus, o que tem sua aprovação, qual a sua vontade? O Filho deixou bem claro:
Amem os seus inimigos e façam o bem para os que odeiam vocês. Desejem o bem para aqueles que os amaldiçoam e orem em favor daqueles que maltratam vocês...   E, se vocês fazem o bem somente para aqueles que lhes fazem o bem, o que é que estão fazendo de mais? Até as pessoas de má fama fazem isso.
Veja bem, os maus vão sempre agradar aos maus. Se os bons continuarem agradando apenas aos bons e desagradando os maus, o mundo continuará sendo sempre o mesmo. Ele somente será salvo quando os bons fizerem o bem também aos maus. Foi isso que o apóstolo quis dizer quando instou os romanos a vencer o mal com o bem e os orientou a agradar o seu irmão ou a sua irmã, para o bem deles, a fim de que eles cresçam na fé. Atitude que ele mesmo tomara como regra, como declarou aos coríntios: eu procuro, em tudo, ser agradável a todos, não buscando o meu próprio interesse, mas o de muitos, para que sejam salvos.
É fácil perceber que agradar o inimigo possa resultar em bem para muitos. O difícil mesmo é conseguir agradar a Deus e aos amigos. Amizades geralmente se consolidam em torno de interesses, troca de favores, e muitos que se consideram nossos amigos costumam esperar um tratamento diferenciado, privilegiado, que nem sempre têm a aprovação divina. Podemos até afirmar com segurança que Deus espera que demos aos amigos o mesmo tratamento que dispensamos aos que nos odeiam, pois só assim o mal será vencido e o mundo salvo.

Referências bíblicas:
Lucas 6.27-28, 33; Romanos 12.21; 15.2; 1ª Coríntios 10.33.

sábado, 24 de setembro de 2016

Agradar a quem?


Por acaso eu procuro a aprovação das pessoas?
 Não!
 O que eu quero é a aprovação de Deus.
- Gálatas 1.10

Quem não gosta de um agrado?
Todos nós sabemos do valor de um agrado. Tanto, que estamos constantemente nos esforçando para agradar alguém. Sabemos também como isso é difícil. Quantas vezes erramos feio!
Não seria demais afirmar que as relações interpessoais são movidas a agrados. Na família, na escola, no trabalho, ...e na política. Os relatos do Novo Testamento, por exemplo, deixam transparecer o quanto que os chefes judeus se empenhavam para agradar aos romanos, e estes, para agradar aqueles. Os primeiro entregaram a Jesus e, depois, seus seguidores para que aqueles que os dominavam não ficassem aborrecidos e acabassem com os privilégios que tinham. Por sua vez, as autoridades do império, prendiam e matavam os que protestavam contra os líderes submissos, porque a lei destes os proibia de fazê-lo, prestando-lhes esse serviço a fim de que não lhes criassem problemas.
A situação de Saulo parecia cômoda: cidadão romano e, ao mesmo tempo, fariseu. Com as perseguições, agradava e poderia obter favores de ambos os lados. Mas é possível também que o futuro apóstolo se sentisse incomodado com sua própria atuação e começasse a desconfiar que alguma coisa estava errada: como podia tamanha violência agradar tanto a opressores como a oprimidos? Imagino que ele pensava nessa contradição quando cavalgava a caminho de Damasco e, de repente, achou por bem prestar atenção na voz do perseguido: seu ser todo foi iluminado de tal maneira que o cegou e, literalmente, caiu do cavalo. Então, tomou uma decisão radical: não procurar agradar pessoas, mas a Deus, acima de tudo.
Quantas vezes enfrentamos esse drama, nos relacionamentos familiares, escolares, profissionais, políticos... no qual, favorecer alguém que nos cobra implica em ferir a outrem que nos é caro. Agradar a Deus acima de tudo é a saída.

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Independência e VIDA


- Se vocês continuarem a obedecer aos meus ensinamentos,
serão, de fato, meus discípulos
e conhecerão a verdade,
 e a verdade os libertará.
- João 8.31-32


Os dicionários informam sobre os muitos sentidos que tem o verbo conhecer, sendo que o mais aplicado mesmo é passar a saber. Na bíblia, com certeza, não se resume a isso. Em versões mais antigas, por exemplo, constava que conheceu Adão a Eva, ...e ela concebeu; posteriormente, o mesmo versículo dizia coabitou o homem com Eva...; e, mais recentemente, Adão teve relações com Eva... Concluimos então que, para o livro sagrado, conhecer a verdade significa sobretudo coabitar com ela, ter reLações tão íntimas a ponto de procriar com ela, ser com ela uma só pessoa, como foi o primeiro casal.
Do mesmo modo, no versículo transcrito acima, não se trata de um ato apenas intelectual, mas de obediência, ou seja, agir de acordo com a verdade. Quem assim não procede é prisioneiro de sua própria mentira, da falsidade em que se encontra enredado. Exemplo atual são os políticos cuja situação os constrange a ocultar o quanto podem seus verdadeiros partidos e aliados; que coabitam com a escravidão, têm com ela relações, e com ela geram filhos. Por outro lado, quem vive a verdade, traz a liberdade dentro de si, única capaz de romper todo tipo de cadeia.
Sabendo disso, poderemos dar um significado ainda mais profundo ao moto de D. Pedro: INDEPENDÊNCIA OU MORTE. Costuma-se interpretá-lo pobremente, como a disposição de lutar pela liberdade até a morte, a sua e, principalmente, a dos outros. Mas pode ser visto também como a afirmação de que temos diante de nós duas realidades incompatíveis: morte e independência. Esta extingue aquela. Na liberdade é que reina a vida. Por isso, que nos mova: INDEPENDÊNCIA E VIDA.

Referência bíblica:
Gênesis 4.1