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Porventura, creu nele alguém dentre as autoridades ou algum dos fariseus?
Quanto a essa plebe, que nada sabe da lei, é maldita... (João 7.48-49)

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

"O DEUS de todxs nós"


O DEUS da Criação 01- Introdução



- Ó Pai Senhor do céu e da terra, eu te agradeço porque tens mostrado às pessoas sem instrução  aquilo que escondestes dos sábios e instruídos! 
Mateus 11.25


A série que iniciamos hoje complementa o livro O DEUS de todxs nós, que reflete a partir das escrituras sagradas e da experiência do autor sobre como o criador se relaciona com cada uma de todas as criaturas humanas, sem exceção.

Nas reflexões transparece de modo eloquente e inequívoca a profundidade e a propriedade da predileção divina pelos humildes, de tal modo que nos impelem a unir nossas vozes à de Jesus nesta ação de graças transcrita acima.

Não é necessário prestar muita atenção para verificar que os sábios e instruídos de hoje e de todos os tempos estiveram sempre empenhados mesmo foi em aprimorar suas máquinas de guerra e seus aparelhos de controle sobre as pessoais, em buscar e assegurar um patamar que consideram mais elevado que os demais sob todos os pontos de vista. Para não irmos muito longe, basta mencionar  aqueles que se dedicam à produção de alimentos, remédios e outros recursos para combater enfermidades; longe de saciar os famintos e minorar a aflição dos que mais sofrem, suas preocupações são antes agregar valor, gerar lucro, agravando ainda mais essas agressões aos semelhantes.

Por outro lado, percebemos serem os humildes que se empenham em socorrer o próximo em todas as circunstâncias, empregando nisso todos seus limitados conhecimentos. É impossível quantificar o impacto deste procedimento na história das criaturas humanas, pois é praticado a granel e anonimamente, sem a preocupação de serem mesmo quantificadas, mas é fácil chegar à conclusão de que é “graças” a ele que ainda temos alguma paz no mundo, no sentido mais amplo do termo.

As expressões sábios e instruídos bem como pessoas sem instrução são imprecisas, à semelhança das empregadas neste versículo por outras versões bíblicas, mas os que conhecem a voz do mestre percebem claramente em que grupo se enquadram.

A seguir verificaremos o caso de Jó.

quinta-feira, 19 de setembro de 2019

O inverno também acaba

          As variações do clima político costumam assemelhar-se ao ciclo das quatro estações do ano, por coincidência ou porque os dois fenômenos obedecem com suas especificidades às mesmas leis que regem as coisas criadas em sua totalidade, o mesmo sistema.
O inverno, que mais uma vez se retira, é certamente a mais desagradável das quatro. O frio e a baixa umidade do ar, que em si já são um grande transtorno, tornam as pessoas vulneráveis a uma série de enfermidades. Tem-se a impressão que na superfície da terra tudo começa a morrer. Custa a passar, cada um enfrenta como pode, na certeza de que logo virá a primavera e depois o verão. Mas o verdadeiro culpado por essa situação é mesmo o outono, quando o sol teimou em levantar-se cada dia mais tarde e a recolher-se cada vez mais cedo, inclinando ainda mais sua trajetória, de modo a não conseguir clarear e aquecer adequadamente o planeta.
Foi exatamente com a chegada do inverno que o astro rei começou a tornar sua jornada cada dia mais longa e a ir se aprumando no céu, de modo que no final do período a superfície pudesse estar bem mais iluminada e o clima bem mais ameno, digno da estação que viria em seguida. Mas foi no subsolo onde houve trabalho bem mais intenso, onde a vida se preparava freneticamente para eclodir: a minhoca e outros bichinhos não cansavam de processar, discretamente o material orgânico ali depositado, possibilitando que germinassem as sementes e brotinhos enterrados. Onde o frio foi mais intenso e caiu neve, mesmo antes desta dissipar-se, o fruto daquele labor já começara com sua pujança a ornamentar a primavera.
No ambiente político cujo desconforto começou bem mais cedo e parece que não vai acabar tão cedo, as reações das pessoas são mais ou menos as mesmas. Têm aquelas que estranhamente se gabam de preferir o frio e as noites mais longas, como aquelas que fazem questão de alardear gostarem do que estão fazendo com nosso país. Mas não escapam aos olhos atentos aquelas que discretamente preparam tempos mais agradáveis, que certamente serão ainda muito mais duradouros do que este infverno sem fim que, apesar de tudo, nos possibilitou ver com mais clareza o que verdadeiramente se passa na superfície.