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Porventura, creu nele alguém dentre as autoridades ou algum dos fariseus?
Quanto a essa plebe, que nada sabe da lei, é maldita... (João 7.48-49)

segunda-feira, 29 de junho de 2020

Mais semelhanças


Mestre Natureza 03

O gado sente que a tempestade está perto, 

e o trovão avisa que ela vem aí.
Jó 36.33
Como observamos na postagem O inverno de novo, as variações que dependem do clima atingem os seres que habitam a superfície de nosso planeta, a nível do solo; mas são proporcionadas em primeira mão por aqueles que se encontram acima e abaixo dele. No caso do inverno, para nos preparar e termos uma ideia do que estaria para acontecer, costumamos olhar para cima, onde se encontram os agentes bem mais visíveis e determinantes: o sol é o grande chefe, mas lá estão também a lua, as estrelas, as nuvens, o ar…, que são igualmente muito importantes. No subsolo atuam as minhocas, as diversas espécies de formigas, lagartas, fungos, matéria orgânica, sementes, brotinhos…, uma variedade tão grande que nem conseguimos imaginar. Nestes, poucos prestam atenção, mas que seria de nós se não houvesse aqueles que estão sempre atentos a essa atividade intensa e se desvelam em colaborar e facilitar o trabalho, a obra, destes seres minúsculos?
As instabilidades do clima político também são proporcionadas por aqueles, todos humanos, postados nas alturas: políticos propriamente ditos, magistrados, profissionais da imprensa, professores, intelectuais, atores culturais, líderes religiosos e muitos metidos, quase todos muito preocupados com seu brilho próprio, sua visibilidade. Como que no subsolo, uma infinidade de trabalhadores anônimos realizam sua obra da melhor maneira, driblando as tribulações que vêm do alto e empenhando-se em garantir, dentro do possível, para a primavera que está para chegar a qualquer momento, alimento, agasalho, moradia, saúde, segurança, educação… para todos.
O inv/ferno político que nos assola há cerca de dois anos chegou mesmo a estender-se por quase todo planeta ao mesmo tempo, tomando forma de uma verdadeira epidemia social. À ela veio fundir-se outra inv/fernal epidemia viral, ceifando vidas, transtornando relacionamentos, a economia e praticamente todas as atividades vitais e anunciando sequelas nefastas.
E daí? O que nós, você e eu temos com isso? A seguir.

quarta-feira, 24 de junho de 2020

O inverno político


Mestre Natureza 02

Então o SENHOR Deus pôs o homem no jardim do Éden, 
para cuidar dele e nele fazer plantações.
Gênesis 2.15
Você conhece as leis que governam o céu
e sabe como devem ser aplicadas na terra?

Jó 38.33
Leia antes: O inverno de novo
Ano passado tivemos oportunidade de observar que os males que vivenciamos em nosso país, comparáveis de certa forma com os do inverno, resultaram do caos que nele foi sendo implantado quando ainda experimentávamos relativa normalidade. Mas, como o ciclo vital da Criação não permite que a escuridão dure para sempre, em determinado momento, o outono político foi dando espaço a uma nova estação. Apesar dos calafrios, aqueles que enxergam e tinham os olhos abertos foram vendo com mais clareza e separando a boa luz da escuridão, e já vislumbravam a primavera, a restauração da vida.
Mas existem algumas diferenças entre as duas situações que devem ser levadas em conta: Enquanto as instabilidades climáticas são protagonizadas por agentes naturais, que observam com sabedoria as leis do criador, as históricas dependem mais do comportamento humano, que podem divergir daquelas, e costumam ser mais longas. Superá-las, portanto, requer muita paciência, perseverança…, habilidades que são atributos apenas de quem espera naquele que continua gerindo sua própria obra. Aí reside toda possível esperança.
Na verdade, embora os fenômenos relacionados com o clima dependam quase que integralmente da ação da natureza, o homem, como criatura que é e também parte dela, recebeu igualmente do criador responsabilidades na sua condução, bem definidas: cuidar da terra e fazer plantações, nada mais. Já os acontecimentos históricos dependem principalmente dos seres humanos, que se comportam conforme suas próprias concepções do bem e mal, embora dentro dos limites que lhes impõem os elementos naturais, tanto animados como inanimados.
A seguir: Mais semelhanças

quarta-feira, 17 de junho de 2020

O inverno de novo


Mestre Natureza 01

A fúria de homens violentos é como uma tempestade de inverno...
Isaías 25.4
Após providencial silêncio, exigido pelas circunstâncias do período, é prudente ouvirmos o que a Mestre Natureza nos ensina sobre os dolorosos momentos que enfrentamos.
Lembramos novamente que as variações do clima político costumam assemelhar-se ao ciclo das quatro estações do ano, por coincidência ou porque os dois fenômenos obedecem com suas especificidades às mesmas leis que regem as coisas criadas em sua totalidade: o mesmo sistema.
Como já observamos há quase um ano, o inverno, que mais uma vez se aproxima, é certamente a mais desagradável das quatro. O frio e a baixa umidade do ar, que em si já são um grande transtorno, tornam as pessoas vulneráveis a uma série de enfermidades. Tem-se a impressão que na superfície da terra tudo começa a morrer. Custa a passar, cada um enfrenta como pode, na certeza de que logo virá a primavera e depois o verão. Mas o verdadeiro culpado por essa situação é mesmo o outono, quando o sol teimou em levantar-se cada dia mais tarde e a recolher-se cada vez mais cedo, inclinando ainda mais sua trajetória, de modo a não conseguir clarear e aquecer adequadamente o planeta.
Por outro lado, exatamente com a chegada do inverno que a jornada do astro rei se tornará cada dia mais longa e irá se aprumando no céu, de modo que no final a superfície estará bem mais iluminada e o clima bem mais ameno, digno da estação que virá em seguida. Mas será no subsolo que haverá trabalho bem mais intenso, onde a vida começa a se preparar freneticamente para eclodir: a minhoca e outros bichinhos não cansarão de processar, discretamente, o material orgânico ali depositado pela dinâmica da própria natureza, possibilitando que germinem as sementes e brotinhos enterrados. Onde o frio for mais intenso e nevar, mesmo antes desta dissipar-se, o fruto daquele labor já começará com sua pujança a ornamentar a primavera.
A seguir: O inverno político.