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Porventura, creu nele alguém dentre as autoridades ou algum dos fariseus?
Quanto a essa plebe, que nada sabe da lei, é maldita... (João 7.48-49)

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Não destruirei a cidade


- Tu és o juiz do mundo inteiro e por isso agirás com justiça...
- Se eu achar cinquenta pessoas direitas em Sodoma, perdoarei a cidade inteira por causa delas...
- Pode acontecer que haja apenas quarenta e cinco pessoas direitas. Destruirás a cidade por causa dessa diferença de cinco?...
- Se eu achar quarenta e cinco, não destruirei a cidade...
- E se houver somente quarenta bons?
- ...não destruirei a cidade...
- E se houver só trinta
- ...perdoarei a cidade...
- E se houver somente vinte?
- ...não destruirei a cidade...
- E se houver só dez?
- Por causa desses dez, não destruirei a cidade.
- Abraão dialogando com Deus: Gênesis 18.23-32

Você chegou a cogitar em anular seu voto nas próximas eleições, fazer chover fogo e enxofre sobre Brasília? Entregá-la de vez aos marginais que a tomaram de assalto? Até lá, pense um pouco: certamente, procurando bem, entre os candidatos que se apresentarão haverá pelo menos dez pessoas direitas. Mas você vai precisar mesmo é de uma só, para cada cargo. Então, encontre-a e não negue seu voto a quem pode trazer seu país de volta a você.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Refletindo com Jó – 3


- ...O Deus Eterno tem ouvido as terríveis acusações que há contra essa gente e por isso nos mandou para destruirmos Sodoma.
...De repente, lá do céu, o Deus Eterno fez chover fogo e enxofre sobre Sodoma e Gomorra.
- Gênesis 19.13,24
O episódio de Sodoma e Gomorra descreve Deus pondo em prática o que desafiara Jó a fazer: eliminar os maus. E demonstra também porque não o faz com mais frequência:
- Se eu achar cinquenta pessoas direitas em Sodoma, perdoarei a cidade inteira por causa delas.
- ...
- E se houver só dez?
- Por causa desses dez, não destruirei a cidade - Deus respondeu.

A Parábola do Joio e do Trigo explica igualmente a razão deste seu procedimento:
- ...porque, quando vocês forem tirar o joio, poderão arrancar também o trigo.
Por outro lado, quando homens convencidos de que sua força e sabedoria possam ser comparadas às do Eterno tentam essa empreitada por sua própria conta, os resultados são sempre desastrosos.
Além de tudo, nossa própria experiência do dia-a-dia ensina que punições não têm o poder de transformar os maus em pessoas boas.
E, como o Eterno ama tanto os bons quanto os maus, enviou seu Filho unigênito para resolver de vez a questão.
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Referências bíblicas:
Gênesis 18.26, 32; Mateus 13.29 .

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Refletindo com Jó – 2



Lembre-se que Deus reagiu às longas queixas e críticas de seu servo, sobre o que ele julgava saber a respeito do Eterno, parecendo inicialmente ignorar os questionamentos longos e contundentes do interlocutor, como que dando razão a Eliú:
Deus não dá muita importância aos que acham entender
tudo, como, sábios, fossem e detêm todo o saber.
Seu primeiro discurso foi uma demonstração de quão perfeita, nos mínimos detalhes, era sua ação como único e exclusivo gerente de todo o universo físico, assim resumido pelo mesmo amigo:
Ah! Quem pode governar, sim, tão bem quanto o Eterno?
No final do segundo discurso Deus aludiu a seres metafísicos, sobrenaturais, imaginários, espirituais. Ousaria resumir assim suas palavras a respeito: com estes você não pode, mas todos foram criados por mim e eu posso vencê-los; portanto, esqueça e deixe comigo.
Foi no início dessa última fala que ele tocou no problema levantado pelo interlocutor humano, da impunidade dos soberbos, ímpios, maus, perversos, opressores... Com palavras muito duras, impossível mesmo de atenuar, foi bem mais longe e reclamou não apenas a punição, mas simplesmente a completa eliminação dos mesmos, e devolveu o problema a Jó. A mensagem que passou a nós não pode ser outra, senão: enquanto permitem servilmente que simples mortais os oprimam, que moral têm vocês para reclamar algo da parte do Deus Eterno?
Recado muito apropriado àqueles que estão às vésperas de escolher seus governantes terrenos.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Refletindo com Jó – 1



Esta reflexão pressupõe a leitura pelo menos das postagens JÓ de Uz – 30 a 33, dedicadas ao diálogo direto entre Jó e Deus. Como podem os textos em referência ajudar os cristãos brasileiros nas cruciais decisões que estão sendo chamados a tomar neste ano de 2018?
O silêncio do Eterno sobre a polêmica questão relacionada com o sofrimento dos bons e a prosperidade do maus, que aqueceu quase todas as falas dos diversos interlocutores humanos, mais sua afirmação de que Jó falou a verdade a meu respeito, nos leva a concluir que este estava certo ao não perceber alguma relação entre fidelidade e prosperidade, muito menos entre sofrimento e culpa.
O próprio fato de sua fidelidade não ter sido minimamente abalada após cair em desgraça demonstrou que esta em nada dependia de sua vida próspera. Ele mesmo confessaria no final da história que tudo o que queria mesmo era ver a Deus com os próprios olhos, ainda que a doença viesse a consumi-lo.
A dureza com que o Eterno o repreendera, no contexto de tudo o que aconteceu e foi dito anteriormente, nos leva a concluir também que a decisão divina de restituir multiplicado o que seu servo possuía deveu-se única e exclusivamente à sua vontade livre e soberana, não estando relacionada com algo que este pudesse ter feito para constrangê-lo ou para merecê-la.
O que transparece é que uma vida na intimidade com Deus, mesmo que em meio a sofrimento, é em si mesmo a maior recompensa que o fiel pode esperar. Por outro lado, viver distante do Pai, ainda que gozando vida próspera, é o pior que pode acontecer a alguém criado para a comunhão.
Isso explica certamente outra realidade que também como sábios costumamos observar a nossa volta: ricos chorando e pobres cantando.
Entretanto, o Eterno só não se calou sobre uma queixa específica de Jó: a impunidade dos soberbos, ímpios, maus, perversos, opressores... Veja na continuação.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Adorando só a Ti

JÓ de Uz – 33



e, então, eu me arrependo,
eu, no chão, sentado aqui,
neste monte só de cinzas,
adorando só a Ti.

Veja na íntegra a resposta final de Jó a Deus, capítulo 42.1-6
No início de nossa história, encontramos Deus já reconhecendo que Como Jó, tão bom e honesto, não encontro mais ninguém. Jó me teme e procura nada, pois, fazer errado (capítulo 1.8). Agora, chegando ao fim, está prestes a criticar os amigos dele por não falarem a verdade sobre mim como meu servo Jó falou com seriedade (42.7). Por que, então, foi tão duro com ele? Se estivermos mesmo dispostos a ouvir o próprio Deus responder essa nossa pergunta, ele talvez nos apresente os mesmos duros questionamentos que propôs a seu servo queixoso, e não nos restará alternativa senão fazer coro com este:
É que eu não compreendia coisas tão maravilhosas
vindas da sabedoria
que eu ainda não podia, por orgulho, entender.
Tu mandaste-me escutar o que estavas a dizer
e, então, Te responder o que vinhas perguntar.
Antes eu Te conhecia só por eu ouvir falar,
mas agora, com meus olhos, eu Te vejo, extasiado.
ESTA É A CONCLUSÃO
 DA TÃO AGUARDADA
CONVERSA
de
Jó de Uz
com o
 ETERNO
Era tudo o que Jó finalmente esperava:
Mesmo que, minha pele assim, a doença a coma toda,
eu ainda hei de ver o Eterno neste corpo.
Com meus olhos, há de ser
 - 19.26-27
______

(O livro de Jó em trovas do Prof. Josê Alaby está disponível nas lojas Amazon em forma digital sob o título – clique - JÓ de Uz)