Translate

Porventura, creu nele alguém dentre as autoridades ou algum dos fariseus?
Quanto a essa plebe, que nada sabe da lei, é maldita... (João 7.48-49)

domingo, 7 de dezembro de 2014

Aposentadoria compulsória


Com muita razão está tendo grande repercussão a carta da Dra. Tereza Conceição denunciando a disseminada discriminação dos pastores idosos em nossa Igreja Metodista no Brasil. Como este é apenas como uma ponta de iceberg de um problema profundamente maior, aproveito para dar mais uma alimentada neste blog que venho cozinhando há muito tempo.

Para começar nem todos os pastores aposentados o foram compulsoriamente por idade. Por exemplo: a quantos bispos, inclusive os eméritos, foi aplicada essa norma? Não por acaso menciono os bispos, pois são eles que abusam dessa e de outras práticas discriminatórias sem o menor pudor. Se o visado ainda não atingiu a idade máxima, há sempre um outro motivo para nomeá-lo sem ônus, para colocá-lo em disponibilidade ou forçar uma licença para tratar de qualquer coisa. Não encontrando um motivo, inventa-se.

O problema é muito mais complexo. Acontece que ainda não nos livramos na prática da arcaica concepção monárquica do episcopado, aplicada tanto pelo monarca quanto por seis fiéis súditos. Aquele se considera acima das leis e que estas devem servir a seus “projetos”. Estes o reverenciam, ou se calam, por bajulação ou temor, pois ele preside, tem em suas mãos, os poderes executivo, legislativo e a judiciário.

Tal realidade, ainda que inaparente, contamina radicalmente a mensagem refletida pela igreja para os fiéis que ainda a frequentam e para a sociedade. Não acontece apenas com nossa amada igreja, generalizou-se entre elas, incluindo outros organismos eclesiais. Como sair dessa? Com certeza, Deus já está tomando suas providências. Talvez tenhamos perdido a capacidade de perceber sua ação. Precisamos redescobrir a velha despojada espiritualidade. Para isso pretendo contribuir através deste blog, com humildade, pois, sem ela, nada se aproveita.


Junto meu canto a cada pranto, a cada choro, até que algum me faça coro...

Nenhum comentário:

Postar um comentário