Com
muita razão está tendo grande repercussão a carta da Dra. Tereza
Conceição denunciando a disseminada discriminação dos pastores
idosos em nossa Igreja Metodista no Brasil. Como este é apenas como
uma ponta de iceberg de um problema profundamente maior, aproveito
para dar mais uma alimentada neste blog que venho cozinhando há
muito tempo.
Para
começar nem todos os pastores aposentados o foram compulsoriamente
por idade. Por exemplo: a quantos bispos, inclusive os eméritos, foi
aplicada essa norma? Não por acaso menciono os bispos, pois são
eles que abusam dessa e de outras práticas discriminatórias sem o
menor pudor. Se o visado ainda não atingiu a idade máxima, há
sempre um outro motivo para nomeá-lo sem ônus, para colocá-lo em
disponibilidade ou forçar uma licença para tratar de qualquer
coisa. Não encontrando um motivo, inventa-se.
O
problema é muito mais complexo. Acontece que ainda não nos livramos
na prática da arcaica concepção monárquica do episcopado,
aplicada tanto pelo monarca quanto por seis fiéis súditos. Aquele
se considera acima das leis e que estas devem servir a seus
“projetos”. Estes o reverenciam, ou se calam, por bajulação ou
temor, pois ele preside, tem em suas mãos, os poderes executivo,
legislativo e a judiciário.
Tal
realidade, ainda que inaparente, contamina radicalmente a mensagem
refletida pela igreja para os fiéis que ainda a frequentam e para a
sociedade. Não acontece apenas com nossa amada igreja,
generalizou-se entre elas, incluindo outros organismos eclesiais.
Como sair dessa? Com certeza, Deus já está tomando suas
providências. Talvez tenhamos perdido a capacidade de perceber sua
ação. Precisamos redescobrir a velha despojada espiritualidade.
Para isso pretendo contribuir através deste blog, com humildade,
pois, sem ela, nada se aproveita.
Junto meu canto a cada pranto, a cada choro, até que algum me faça coro...
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