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Porventura, creu nele alguém dentre as autoridades ou algum dos fariseus?
Quanto a essa plebe, que nada sabe da lei, é maldita... (João 7.48-49)

quinta-feira, 8 de março de 2018

Saudações globais

A Sabedoria de Tiago 01

11 Eu, Tiago, de Deus, servo, e de Cristo, meu Senhor,
saudações globais ao povo que pertence ao Deus de Amor.

(A CARTA DE TIAGO completa,
nos versos de José Alaby, você lê aqui)

Trabalhem para o bem da cidade...,
 se ela estiver bem, vocês também estarão.
No tempo de Jesus Cristo, a Palestina era a terra dos judeus. Ali eles viviam, tinham suas propriedades, seu governo, embora submisso ao Império Romano, e era onde se localizava seu único Templo. Os cristãos primitivos, que eram principalmente judeus, também encontravam-se em casa nesse território. Mas alguns anos após a morte do Mestre, ambos passaram a ser perseguidos pelos romanos. Essa perseguição provocou uma debandada de judeus e cristãos para todas as partes do império, os quais passaram a viver num mundo estranho, com outros costumes e, principalmente, com outras religiões, e sob autoridades pagãs.
A situação era semelhante à dos judeus que Nabucodonosor havia levado como prisioneiros de Jerusalém para a Babilônia, aos quais o profeta Jeremias também escrevera uma carta seis séculos antes, dizendo:
Construam casas e morem nelas.
 Plantem árvores frutíferas e comam as suas frutas.
Casem e tenham filhos. E que os filhos casem e também tenham filhos.
Vocês devem aumentar em número e não diminuir.
Trabalhem para o bem da cidade aonde eu os mandei como prisioneiros.
Orem a mim, pedindo em favor dela, pois,
se ela estiver bem, vocês também estarão.
- Jeremias 29.5-7
Nesses dois momentos da história, o povo tornara-se de repente uma minoria política no seio da sociedade que passaria a integrar daí para o futuro. As cartas exortavam Israel para sua também nova vocação cívica, que se impunha: o lugar da povo/Igreja era o próprio mundo; em vez de buscar satisfação isoladamente, o novo povo escolhido deveria procurar e encontrar sua plenitude na promoção da paz pública! O povo estava deportado: sua grandeza e sua alegria encontravam-se doravante além de si mesmo.
Tiago enviou saudações globais, à toda superfície do planeta, mas não se dirigiu a quem possa interessar, nem aos que tem fé, aos que adoram, aos chamados cristãos, mas ao povo que pertence ao Deus de Amor. Sua mensagem só tem sentido para os que têm consciência que fazem parte desse povo; senão, seus conselhos, por mais belos que pareçam, serão tão úteis quanto sementes laçadas sobre a rocha.
O povo que pertence ao Deus de Amor, de verdade, vivencia entre nós hoje situação semelhante, encarando a mais o materialismo e a acelerada paganização dos cultos que se apresentam como cristãos. Portanto constam sem dúvida alguma também entre os destinatários diretos daquelas cartas, e suas palavras aplicam-se a nossos dias obscuros com muito mais intensidade.

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