Tempos difíceis

Vós sois a luz do mundo...
não se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa.
 (Mateus 5.14-15)

Tempos difíceis vêm aí. Talvez nem tão difíceis como a grande imprensa gostaria, anuncia e torce, mas é fato que já sentimos na pele o mar se agitando ameaçador. As tensões internacionais não dão sinais que caminhem para uma solução razoável; aqui no Brasil, crise hídrica, crise econômica, crise política, crise de vergonha na cara. E a plebe, o vulgo, o povo, os trabalhadores, os empresários, os desempregados, os funcionários públicos, os domésticos, os professores, os estudantes...? Fomos nós que elegemos este congresso inqualificável que está dando as cartas no momento. Somos responsáveis por essa situação, e parece que não podemos esperar mais quatro anos para corrigir o malfeito.

Existem muitos brasileiros que pensam assim, alguns com medo de perder seus direitos ainda minguados, outros porque vêem ameaçada a manutenção de seus privilégios indecentes. Eles acham que não devamos aguardar até a próxima oportunidade de irmos às urnas, que temos de tomar alguma atitude de imediato, como comparecer a manifestações, participar de passeatas, subscrever manifestos ou compartilhar postagens nas redes sociais...

Aqueles que não se importam de serem chamados de malditos porque tudo que desejam é estar onde está o Filho de Deus certamente não ficarão parados. É natural que se sintam despreparados para essa importante missão, mas também, muito bom, porque assim vão buscar se informar adequadamente. Se a grande imprensa é suspeita, terão de recorrer a fontes alternativas. Mas, onde encontrá-las? Com certeza, todos têm amigos, irmãos mais bem informados que também integram essa plebe chamada maldita; eles ajudarão na busca, que, intercalada com muita oração a porta fechada, a sós com o mestre, terá sucesso garantido.

Aqui mesmo neste blog, tentaremos provocar a reflexão sobre alguns temas importantes, como a bancada evangélica, o golpe do contragolpe, o estado laico, emendas parlamentares, etc. Não necessariamente nessa ordem.