Apesar
de ter sido uma constante na história, parece que ultimamente têm se
multiplicado de modo assustador as atrocidades praticadas e as leis
esdrúxulas propostas em nome de religiões. De tal modo que teóricos
e ativistas políticos voltaram a dar ênfase ao conceito também
antigo do estado laico.
Dedicamos
seis postagens a refletir sobre o assunto. Verificamos que alguns
consideram que religião é constituída por certas organizações,
por certos rituais e símbolos, doutrinas ou costumes distintos
adotados por apenas parcelas da população. Entretanto, essencial
mesmo é a fé, aquilo que anima uma pessoa a viver, e mesmo a
morrer. Por isso, a situação se torna dramática quando a fé de
uma parcela conflita com a de outra; o estado se torna mesmo
impotente para promover a paz.
Ainda
bem que Deus é de fato o único elemento, se é que podemos
designá-lo assim, essencial a qualquer religião que pretenda ser
verdadeira. Pois, enquanto instituições, ritos, símbolos,
doutrinas e costumes não passam de obras do homem, contaminados com
suas enormes limitações e defeitos, Deus, ao contrário, é o
próprio criador dos seres humanos, e também quem aperfeiçoa e
corrige.
E
não corrige e aperfeiçoa apenas as relações entre cidadãos, estados ou entre religiões; começa reparando as arestas entre criador e a própria
criatura, passando a reconciliar cada indivíduo consigo mesmo;
depois, com seus semelhantes, entre casais, pais e filhos, professor
e aluno, empregador e empregado, governantes e governados...; com os
céus, a terra, as plantas, os animais..., o universo.
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