JÓ de
Uz – 25
Sim, as contas de
meus atos, ao Eterno, eu darei;
ante Deus, com a cabeça bem erguida, ficarei.
- Jó 31.37
ante Deus, com a cabeça bem erguida, ficarei.
- Jó 31.37
Leia com atenção o corpo da defesa
final de Jó no capítulo 31. Os dois anteriores foram uma espécie de introdução,
onde ele procurou tornar o mais evidente possível o gritante contraditório entre
sua vida desde o dia em
que o Senhor me protegia e
a do agora.
Prosseguindo, passou a destacar, no
seu procedimento exposto na primeira parte da introdução, como tratava as
diferentes pessoas: as mulheres, os da sua classe social, o trabalhador, o
necessitado, e o próprio Deus, antes do inimigo e do exilado.
As
mulheres - Eu jurei que nunca os olhos tentariam
cobiçar uma moça ainda virgem. Talvez mais do que esse juramento em
si, a grande deferência revelada com relação a elas foi o fato de considerar a
simples condição de mulher como suficiente para merecer tratamento específico, e
também o de tê-las colocado como primeiras da lista.
Os de sua classe
- se pequei, me
apoderando do que é de outra pessoa... Se senti-me seduzido por mulher de meu
vizinho algum dia em minha vida.
O trabalhador
- um reclamo de
empregado(a), o assunto eu resolvia com direito e com justiça... paguei, sim, todos
os trabalhadores bem do jeito que devia... Pois o mesmo Deus-Senhor fez a mim e
aos empregados; sim, de nós, é o Criador; e deu vida a mim e a eles.
O necessitado
- aos pobres, ajudei; as
viúvas, sem esperança, e, chorando, não deixei... com os órfãos repartia sempre
as minhas refeições; como pai, os protegia... Quando via alguém sofrendo pela
falta de agasalhos... eu lhe dava roupas quentes, não os tratava com violência –
mesmo tendo, de juízes, o sustento
Deus
- de Deus e Seu castigo,
tenho medo e pavor... jamais confiei no ouro; não foi nunca o fundamento desta
minha segurança... Tenho visto o sol brilhar e, a lua, por inteiro, caminhar
com sua beleza; porém, nunca os adorei...
O inimigo
- jamais me alegrei com o
grande sofrimento de qualquer dos inimigos; nem me deu contentamento se,
desgraça, lhe ocorreu. Nunca fiz uma oração para Deus matar um deles.
O exilado
- todos meus convivas
comem sempre à vontade do que é bom e do melhor... não deixei nem estrangeiro
lá, na rua, ir dormir; os viajantes sempre tinham uma casa aonde ir.
Certamente, teria ainda muito mais a
dizer em sua defesa, pois suas falas anteriores estão repletas de exemplos
semelhantes. E também tinha consciência de muitos pecados, mas julgava que
mesmo assim poderia se declarar inocente, uma vez que
Encobrir as
minhas faltas, não, jamais eu procurei
– como fazem sempre alguns – nem no coração busquei
– como fazem sempre alguns – nem no coração busquei
esconder os meus
pecados. Nunca tive o pavor
do que os outros vão dizer; e nem medo a zombador.
do que os outros vão dizer; e nem medo a zombador.
Concluindo: Deixo
aqui, já assinado, o lavrado em minha defesa.
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