Leia antes, é curto:
“Quem não Está Atento ao Presente, Tropeça no Futuro...” (Esopo)
“Quem não Está Atento ao Presente, Tropeça no Futuro...” (Esopo)
A bastante conhecida
história de Alfred Nobel denuncia em si o grande potencial destruidor das
descobertas científicas. Foram suas pesquisas que resultaram na invenção da
dinamite, a partir da nitroglicerina, que se tornou muito útil aplicada à
construção civil, na abertura de túneis e canais. Felizmente, acima da ciência
esse inventor amava mesmo era a paz, de modo que ficou perplexo quando se deparou com a
enorme letalidade de sua criatura quando utilizada para outros fins, como na
indústria armamentista. Para compensar tais males colaterais, determinou em seu
testamento a criação de uma fundação que premiasse anualmente, com a enorme
fortuna que acumulara, as pessoas que mais tivessem contribuído para o
desenvolvimento da humanidade, os prêmios Nobel.
Diante dos estragos
possivelmente irreversíveis que descobertas científicas como esta vêm causando
no planeta, a teologia também passou a dar mais atenção às coisas criadas.
Entretanto, devemos levar em conta que ela já deteve no passado ainda mais
poder do que a ciência nos dias de hoje para impor suas verdades, desde sobre o
mais humilde camponês ao mais poderoso dos monarcas. Apesar do notório avanço
que sua visão de mundo propiciou ao conhecimento humano, nem por isso obteve
também muito êxito em tornar as pessoas
mais gentis, mais amorosas e menos egoístas, nem em reduzir o número de guerras no mundo ou alimentar os famintos.
Parece que tanto a
teologia quanto as ciência estejam precisando rever sua maneira de olhar as coisas que foram criadas, antes que elas desistam de vez desses seres
minúsculos que se consideram inteligentes, superiores a elas. Isso se a
sua inteligência já não os tiver levado a se destruírem eles próprios.
Considerando que
ambas resultaram de um longo processo desencadeado entre os seres humanos desde
os primórdios, impulsionado por seus temores e desejos, sua curiosidade,
imaginação e inventividade, seria oportuno verificar essa atividade numa época
mais próxima possível do início da caminhada, para tentar descobrir onde
acabamos nos perdendo.
Segue.
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