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Porventura, creu nele alguém dentre as autoridades ou algum dos fariseus?
Quanto a essa plebe, que nada sabe da lei, é maldita... (João 7.48-49)

quinta-feira, 11 de abril de 2019

Pausa para recordação




A exemplo de alguns autores recentes, antes de continuar, vamos fazer um apanhado de nossas últimas reflexões.
A ciência, que elabora suas teorias a partir da observação do mundo físico, das coisas criadas, acabou impondo sua autoridade sobre praticamente todos os domínios da atividade humana, em virtude e unicamente de sua prodigiosa capacidade de produzir resultados (palavras de Monod), embora não tenha tornado as pessoas mais gentis, mais amorosas e menos egoístas. Embora não tenha reduzido o número de guerras no mundo ou alimentado os famintos (Feyerabend).
Por outro lado, a teologia, que negligenciara em parte as coisas criadas como fonte de conhecimento, também já deteve no passado ainda mais poder do que a ciência nos dias de hoje de impor suas verdades, desde sobre o mais humilde camponês ao mais poderoso dos monarcas. Apesar do notório avanço que sua visão de mundo propiciou ao conhecimento humano, nem por isso obteve também muito êxito em tornar as pessoas mais gentis, mais amorosas e menos egoístas, nem em reduzir o número de guerras no mundo ou alimentar os famintos.
Considerando que ambas resultaram de um longo processo desencadeado entre os seres humanos desde os primórdios, fomos investigar essa atividade numa época mais próxima do início da caminhada, para tentar descobrir onde acabamos nos perdendo. Deparamo-nos então com a literatura bíblica sapiencial e identificamos algumas perdas fundamentais. Destacamos duas:
1.    Para ter compreensão, é necessário afastar-se do mal. (Jó 28.28). Os sábios não costumavam emitir certificados para atestar conhecimento; mas certamente indagariam que mal determinada tese pretenderia afastar ou que bem proporcionar.
2.    Alguém que seja sábio e inteligente prove isso pelo seu bom procedimento. (Tiago 3.13). A aprovação da tese dependeria sem dúvida também de uma confirmação na prática.
Resumindo, quem não consegue fazer qualquer coisa ou faz errado é um verdadeiro ignorante. Até as crianças e mesmo os analfabetos sabem muito bem. Só os acadêmicos de hoje parecem ou fazem questão de ignorar.
Vamos ter de continuar em outra postagem. {natureza}

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