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Porventura, creu nele alguém dentre as autoridades ou algum dos fariseus?
Quanto a essa plebe, que nada sabe da lei, é maldita... (João 7.48-49)

domingo, 19 de abril de 2015

Siga o negro


Presa nos elos de uma só cadeia, A multidão faminta cambaleia, 
E chora e dança ali! Um de raiva delira, outro enlouquece,
Outro, que martírios embrutece, Cantando, geme e ri!

- do poema Navio Negreiro, de Castro Alves

A plebe está nas ruas, reclamando de tanta corrupção, tanta violência, tanta injustiça. Ela inveja outros lugares onde a qualidade de vida excede em muito a que desfruta. E aponta múltiplas causas para suas desgraças. Entretanto, poucos povos estão em melhores condições do que nós, e são incontáveis aqueles que nos invejam.
É justo identificar as fontes de nossos males, para estancá-las. Mas, como na parábola do joio e o trigo (clique), ao extirpar a erva daninha, muita boa semente sai também machucada. Melhor seria, sem deixar de eliminar aquela, dedicar-se à descobrir as origens dos bons frutos de que já desfrutamos, para incrementar sua reprodução.
Por exemplo, donde vêm as melodias e as danças que chamamos de brasileiras e que mais alegram e encantam nosso conterrâneos e também estrangeiros? Seria por acaso de gente trazida para estas terras em correntes e abaixo do chicote, ao custo de muita lágrima? Sua vingança foi pegar o que de melhor trouxe da África, e que os opressores não encontraram jeito de matar, juntar com o melhor que encontrou por aqui e ajudar a construir nossa bela cultura, da qual tanto nos orgulhamos. Também suas ONGs, criadas para promover a inclusão dos seus descendentes, principalmente através da educação, não olham a cor da pele de quem servem, desde que sofra de semelhante discriminação.
Isso é derrotar o mal com o bem. Posto em prática pelos que se sentem hoje ofendidos, é o que nos garantirá um futuro de paz.

Para começar, siga: www.educafro.org.br e www.uneafrobrasil.org

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