Esta
reflexão pressupõe a leitura pelo menos das postagens JÓ
de Uz – 30 a 33, dedicadas ao diálogo direto entre Jó e
Deus. Como podem os textos em referência ajudar os cristãos brasileiros nas
cruciais decisões que estão sendo chamados a tomar neste ano de 2018?
O
silêncio do Eterno sobre a polêmica questão relacionada com o sofrimento dos
bons e a prosperidade do maus, que aqueceu quase todas as falas dos diversos interlocutores humanos, mais sua afirmação de que Jó
falou a verdade a meu respeito, nos leva a concluir que
este estava certo ao não perceber alguma relação entre fidelidade e
prosperidade, muito menos entre sofrimento e culpa.
O
próprio fato de sua fidelidade não ter sido minimamente abalada após cair em
desgraça demonstrou que esta em nada dependia de sua vida próspera. Ele mesmo
confessaria no final da história que tudo o que queria mesmo era ver a Deus com
os próprios olhos, ainda que a doença viesse a consumi-lo.
A
dureza com que o Eterno o repreendera, no contexto de tudo o que aconteceu e foi
dito anteriormente, nos leva a concluir também que a decisão divina de
restituir multiplicado o que seu servo possuía deveu-se única e exclusivamente
à sua vontade livre e soberana, não estando relacionada com algo que este
pudesse ter feito para constrangê-lo ou para merecê-la.
O
que transparece é que uma vida na intimidade com Deus, mesmo que em meio a
sofrimento, é em si mesmo a maior recompensa que o fiel pode esperar. Por outro
lado, viver distante do Pai, ainda que gozando vida próspera, é o pior que pode
acontecer a alguém criado para a comunhão.
Isso
explica certamente outra realidade que também como sábios costumamos observar a
nossa volta: ricos chorando e pobres cantando.
Entretanto,
o Eterno só não se calou sobre uma queixa específica de Jó: a impunidade dos soberbos, ímpios, maus, perversos, opressores...
Veja na continuação.
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