O DEUS da Criação 09
Porque os atributos invisíveis de Deus, assim
o seu eterno poder,
como também a sua própria divindade,
claramente se reconhecem,
desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas.
Romanos 1.20
desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas.
Romanos 1.20
Seria o conhecimento tácito apenas uma forma a mais de saber, ao
lado do científico e do teológico? Michael Polanyi, um cientista que dedicou
desde cedo toda sua longa vida a observar as coisas criadas e produziu respeitadíssimos trabalhos nos campos da física,
ciências sociais e economia e enveredou pela filosofia,
pensa diferente. Para ele, “o pensamento tácito forma uma parte
indispensável de todo conhecimento”. Suas ideias inovadoras a respeito
encontram-se no livro The Tacit Dimension, publicado em 1966.
Parte do fato já sabido desde a antiguidade,
de que “podemos saber mais do que podemos dizer” (we can know
more than we can tell), o que não implica que não possamos
pôr em prática ou transmitir de alguma forma além do que em simples palavras;
isto é, só mesmo praticando, executando. O termo mais apropriado seria interagindo,
no caso de coisas inanimadas, e convivendo, tratando-se de seres vivos, animais
ou humanos, pessoas, nossos semelhantes. Consequentemente, como simples crentes
ou teólogos, poderíamos concluir ser verdade também com relação àquele mediante
cuja imagem e semelhança fomos criados: não haveria outro meio de conhecer ou
apresentar adequadamente a Deus a não ser pela vivência. De modo que a bíblia
deve ser examinada como uma coletânea de testemunhos a respeito dessa
convivência, mas muitos a tomam equivocadamente como um simples discurso pouco
fundamentando sobre a divindade sem muito valor científico.
Este fato nos leva muitas vezes a questionar o que outros pregam a
respeito do criador que não está de acordo com nossa própria experiência. Foi o
caso de Jó, que confrontou as palavras dos sábios porque contradiziam o que via
com seus próprios olhos e sentia em seu próprio corpo. Certamente seria também
o caso das crianças e pessoas sem instrução, que ignoram na prática a opinião dos sábios e instruídos, por confiarem mais na própria vivência do que em palavras ocas,
principalmente quando estes negam seus complicados argumentos com os frutos que
produzem.
É impressionante o quão perto pode chegar do ensino bíblico um
cientista que perscruta as coisas criadas com o propósito de aprender e não de
simplesmente tirar proveito delas. Confirmam-se as palavras do apóstolo. É o
que continuaremos examinando.
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