O DEUS da Criação 08
Enganosa é a palavra das criaturas humanas, que é capaz de
confessar com a boca e negar com suas ações. Deus faz falando e fala fazendo,
para ele falar e fazer são a mesma coisa, o que acontece é exatamente o que ele
fala. Se podemos alcançar a verdade sobre uma pessoa pelos seus feitos, com
muito mais razão nos será dado ver o próprio criador.
Uma maneira segura de superar as armadilhas da linguagem humana é
observar a divindade em ação na natureza, que é viva e sábia, pois executa com
perfeição as ordenanças divinas. A condição para que isso ocorra é que o
observemos com o desejo sincero de inteirar-se de como ele faz e do que compete
a nós fazermos, com o firme propósito de integrar nossas próprias ações nessa
obra única e perfeita, a Criação, seguindo a orientação de Tiago:
se alguém tem falta de sabedoria, peça a
Deus,
e ele a dará porque é generoso e dá com bondade a todos.
Porém peçam com fé e não duvidem de modo nenhum,
pois quem duvida é como as ondas do mar,
que o vento leva de um lado para o outro.
...pois não tem firmeza e nunca sabe o que deve fazer.
Tiago 1:5-8
e ele a dará porque é generoso e dá com bondade a todos.
Porém peçam com fé e não duvidem de modo nenhum,
pois quem duvida é como as ondas do mar,
que o vento leva de um lado para o outro.
...pois não tem firmeza e nunca sabe o que deve fazer.
Tiago 1:5-8
Um bom caminho é imitar o exemplo de Jó: ser sincero, apresentar
ao Eterno as dúvidas que de fato procedam de nosso coração, sem receios e sem
querer agradá-lo com perguntas que achamos ele gostaria de ouvir. Não esperemos
conhecer assim os grandes mistérios da Criação, muito menos de seu criador, mas
o suficiente para procedermos bem em nosso dia-a-dia.
As ciências naturais podem nos ajudar nisso, mas enquanto seu
propósito se limitar a descobrir as leis que regem a natureza para dominá-las,
com o simples propósito de tirar proveito, continuará impotente diante de
problemas como o da fome e das guerras.
Von Rad já dizia há 50 anos, meio século passado, sobre a
Sabedoria em Israel:
O que o sábio exemplar desejava alcançar não era a razão da
ciência moderna, que impõe suas leis e dispõe soberanamente da matéria morta da
natureza, mas uma razão compreensiva, uma intuição da verdade que provém do
mundo e questiona o homem.
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