JÓ de Uz – 18
Por acaso alguém
pode dar lições ao Deus-Poder,
que ’té julga os celestiais?! Alguns homens podem ter
que ’té julga os celestiais?! Alguns homens podem ter
vida alegre e
tranquila e, bem ricos, vão morrer
com saúde e muita força. Ao contrário, vamos ver
com saúde e muita força. Ao contrário, vamos ver
outros que nunca
provaram um momento de alegria,
e, assim, falecem eles de amargura e agonia.
Jó 21.22-25
e, assim, falecem eles de amargura e agonia.
Jó 21.22-25
O Terceiro Diálogo – Jó 22-27 - deve
ser lido sob o impacto do último abalo causado por Jó na antiga sabedoria, ao declarar
não perceber qualquer relação que pudesse existir entre o sofrer e o mau
procedimento.
De fato, se aplicarmos o mesmo método
dos antigos sábios, isto é, observarmos com atenção o que acontece a nossa
volta, certamente concordaremos com nosso protagonista. Temos a sensação de que
os perversos são exatamente os que mais prosperam e chegamos a nos surpreender
quando honestos e bons conseguem alguma coisa. Guerras, catástrofes,
enfermidade e todo tipo de infortúnio que conhecemos alcançam tanto os maus
como os bons, sendo até mesmo os inocentes que mais sofrem.
Por outro lado, fica evidente que premiar
o subalterno que lhes é fiel e castigar o que não os favorece é próprio dos
poderosos deste mundo. Deus trabalha de outra maneira, simplesmente porque seus
propósitos não são os mesmos, tão diferentes quanto servir e servir-se; muito
parecidos, mas diametralmente opostos.
É fundamental apropriar-se dessa
verdade, ainda que parcial, para estarmos em condições de nos beneficiar das
próximas falas, com novas vozes importantes, e respostas realmente significativas.
Deus também vai falar, e agir.
Este Terceiro Diálogo, mais curto que
os outros, encerrou o debate entre os quatro amigos como uma espécie de síntese
do pensamento dos interlocutores. Os três consoladores lançaram mão de seus
últimos argumentos para convencer o inflexível paciente de uma verdade para eles
inquestionável desde o início:
Se o Eterno o
castiga, pra prestar-Lhe contas, chama,
a razão não é porque, com temor, você O ama,
a razão não é porque, com temor, você O ama,
mas é, sim,
porque você, ah! pecados cometeu
Jó, ao contrário,
apresenta o desfecho de reflexões que foram evoluindo no transcurso de suas
falas. Por isso, necessita maior atenção e delas trataremos na próxima
postagem.
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