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Porventura, creu nele alguém dentre as autoridades ou algum dos fariseus?
Quanto a essa plebe, que nada sabe da lei, é maldita... (João 7.48-49)

quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

Os dois livros


O DEUS da Criação 16

- Ó Pai Senhor do céu e da terra,
eu te agradeço porque tens mostrado às pessoas sem instrução
aquilo que escondestes dos sábios e instruídos!
Mateus 11.25
A Palavra de Deus a Moisés, a que nos referimos nas primeiras postagens desta série, com o passar dos anos, tomou a forma de um livro, a Torá em hebraico, ou a Lei de Moisés, contida no Pentateuco, ou seja, nos primeiros cinco livros da nossa bíblia. Posteriormente foram acrescentadas outras coleções, como os escritos históricos, poéticos, proféticos e de sabedoria, formando o Antigo Testamento ou simplesmente as Escrituras, que normatizavam a religião dos judeus. A essa coleção a igreja acrescentou os livros do atual Novo Testamento, formando a Bíblia.
Mas havia igualmente entre os cristãos a convicção que Deus se revelava também através de suas obras, as coisas criadas, a Criação, como ficou claro em nossas reflexões sobre sua fala a Jó, no livro bíblico com o mesmo nome. Esta fonte de conhecimento da divindade passou logo a ser chamado de livro da natureza.
Essa ideia de dois livros, com referência às escrituras sagradas e ao livro da natureza, já era compartilhada pelos pais da igreja, como são conhecidos os teólogos dos primeiros séculos da cristianismo, sucessores imediatos dos apóstolos. Santo Agostinho, por exemplo, afirmava que, apesar de apenas os alfabetizados poderem ler as escrituras, até os analfabetos conseguem entender o livro da natureza. Chegou-se mesmo a designar a interpretação deste último como teologia da natureza.

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