O DEUS da Criação 16
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Ó Pai Senhor do céu e da terra,
eu te agradeço porque tens
mostrado às pessoas sem instrução
aquilo que escondestes dos sábios e instruídos! Mateus 11.25
aquilo que escondestes dos sábios e instruídos! Mateus 11.25
A
Palavra de Deus a Moisés, a que nos referimos nas primeiras
postagens desta série, com o passar dos anos, tomou a forma de um
livro, a Torá em hebraico, ou a Lei de Moisés, contida no
Pentateuco, ou seja, nos primeiros cinco livros da nossa bíblia.
Posteriormente foram acrescentadas outras coleções, como os
escritos históricos, poéticos, proféticos e de sabedoria, formando
o Antigo Testamento ou simplesmente as Escrituras, que normatizavam a
religião dos judeus. A essa coleção a igreja acrescentou os livros
do atual Novo Testamento, formando a Bíblia.
Mas
havia igualmente entre os cristãos a convicção que Deus se
revelava também através de suas obras, as coisas criadas, a
Criação, como ficou claro em nossas reflexões sobre sua fala a Jó,
no livro bíblico com o mesmo nome. Esta fonte de conhecimento da
divindade passou logo a ser chamado de livro da natureza.
Essa
ideia de dois livros, com referência às escrituras sagradas e ao
livro da natureza, já era compartilhada pelos pais da igreja, como
são conhecidos os teólogos dos primeiros séculos da cristianismo,
sucessores imediatos dos apóstolos. Santo Agostinho, por exemplo,
afirmava que, apesar de apenas os alfabetizados poderem ler as
escrituras, até os analfabetos conseguem entender o livro da
natureza. Chegou-se mesmo a designar a interpretação deste último
como teologia da natureza.
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