...assim
como os céus são mais altos do que a terra,
assim são os
meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos,
e os meus
pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos.
Porque,
assim como descem a chuva e a neve dos céus
e para lá não
tornam, sem que primeiro reguem a terra,
e a fecundem, e a
façam brotar,
para dar semente ao semeador e pão ao que
come,
assim será a palavra que sair da minha boca:
não
voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz
e prosperará
naquilo para que a designei.
Isaías
55.9-11
Os pensamentos de Deus são mais altos que os nossos pensamentos. Consequentemente, nossas linguagens são também muito pobres e complicadas para transmiti-los. Essa introdução foi necessária para que Isaías passasse a palavra para a natureza cuja fala/ações é infinitamente mais rica, mais adequada para mediar os insondáveis pensamentos divinos:
Porque,
assim como descem a chuva e a neve dos céus
e para lá não
tornam, sem que primeiro...,
assim será a palavra que sair da
minha boca...
Inúmeras vezes a bíblia procede dessa maneira. Jesus serviu-se com maestria desse expediente. Não se trata de simples ilustrações ou fábulas, onde os animais, árvores e outros elementos naturais falam e agem como pessoas. É diferente do apólogo de Jotão, por exemplo, em Juízes 9.7-15, onde o comportamento das árvores não tem nada de natural, elas representam personalidades bem conhecidas dos destinatários. E nos ensina de fato muito sobre os atores políticos dos dias atuais, não sobre Deus. Trata-se de um recurso literário que faz parte da linguagem humana, que facilita a comunicação, mas compartilha todas suas limitações; não se compara ao alcance inesgotável de que são dotadas a das coisas criadas.
Isaías mencionou alguns benefícios que compõem a missão da chuva e a neve ao planeta, para nos aclarar aspectos da palavra divina:
reguem
a terra, e a fecundem, e a façam brotar,
para dar semente ao
semeador e pão ao que come.
Sem dúvida, o profeta tinha também conhecimento de muitas outras propriedade benéficas daqueles elementos, mas limitou-se apenas àquelas que talvez considerasse mais importantes, pelo menos conhecidas pela totalidade absoluta dos possíveis ouvintes, de todos os lugares e épocas.
Assim, como nós hoje sabemos sobre a água muitas vezes mais do que ele, estamos em condição de mergulhar muito mais profundamente na Revelação Natural. Como Jó, conhecer mais intimamente as leis que regem os céus, e descobrir como se aplicam na terra de nossos dias.
Segue: OLHA PRÁ AGUA!
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