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Porventura, creu nele alguém dentre as autoridades ou algum dos fariseus?
Quanto a essa plebe, que nada sabe da lei, é maldita... (João 7.48-49)

quarta-feira, 9 de junho de 2021

Finanças comuns

Envelhecimento 02

 

Ninguém usa um retalho de pano novo
para remendar uma roupa velha;
pois o remendo novo encolhe e rasga a roupa velha,
aumentando o buraco.
Marcos 2.21

Como o nome está dizendo, chamamos de finanças públicas aquelas aplicadas à riqueza gerida, administrada pelo poder público, pelo governo, pelo Estado. Finanças comuns se referem às relacionadas com o total da riqueza existente no país, sob a responsabilidade de uma multidão de gerentes, além do poder público; entre eles estão as empresas, as igrejas, entidades em geral, qualquer empreendedor e mesmo indivíduos – desde navios enormes até os muito pequenos.

Portanto, atendo-nos ainda apenas ao aspecto financeiro, percebemos que a ampliação da expectativa de vida, somada ao crescimento da proporção de idosos com relação à totalidade da população nesta virada de século, bem antes de provocar enorme rombo nas contas do navio da Previdência, já vinha causando danos bem maiores nos incontáveis barquinhos, quase invisíveis, que compartilham as finanças comuns, navegando em volta.

Um exemplo significativo: de acordo com os gestores públicos, a população idosa, aposentados e pensionistas, não têm condições de prover os recursos necessários para sua sobrevivência, são dependentes, devendo ser sustentados com recursos gerados pelos mais novos, supostamente produtivos. Mas, embora não se disponha de dados completos, chega a ser impressionante o número de filhos e netos que, invertendo a situação, dependem eles próprios da aposentadoria e outros benefícios sociais recebidos pelos seus velhos.

Esse pode não ser o seu caso, mas remendos dessa natureza nos afetam constantemente. Refletem as enormes limitações do poder público e de suas finanças. É hora de se perguntar: podemos esperar que este, contando apenas com a parte que está a sua disposição, venha a suprir as necessidades de todos os cidadãos que se desgastam para gerar a totalidade da riqueza comum?

Os primeiros cristãos encontraram outra saída. Na época, o Império Romano é que administrava as finanças públicas, insuficientes até para garantir sua própria sobrevivência. Então, os cidadãos do Novo Israel de Deus, passaram a ser radicais na aplicação da riqueza comum sobre a qual tinham controle, obedecendo sem rodeios a Lei de Moisés, com relação aos necessitados:

...eu ordeno que vocês sejam generosos com todos eles.
Deuteronômio 15.11

Ninguém considerava exclusivamente sua
nem uma das coisas que possuía;
tudo, porém, lhes era comum...
Pois nenhum necessitado havia entre eles...

Atos 4.32-34

A Economia de roupa nova, própria para o inverno.

Segue: 2021 – um ano invernal.

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